LABREA (AM) – Não se sabe ao certo qual o montante de recursos repassados ao município pelo Governo Federal através do Ministério da Saúde (MS) e não investido na rede municipal de saúde da população em meio a sucessivas crises enfrentadss pelo Hospital Regional (HRL). Durante quatro décadas a cidade foi governada por prefeitos do MDB e aliados do consórcio de alianças liderado pelo ainda prefeito, Gean Campos de Barros.

Apesar de ainda permanecer no cargo até 31 de dezembro deste ano, o ex-lojista Gean de Campos de Barros, ficou na prefeitura por 24 anos. Isso teria feito do gestor municipal labreense, de acordo com relatório de inteligência privada, “um dos supostos lobistas de empresas terceirizadas da saúde e de obras públicas na mesorregião amazonense do Purus”.

– Além de um dos políticos mais poderosos e milionários do interior do Estado, só agora, revelam ex-aliados que teriam ficaram de fora do suposto Núcleo Duro do Governo comandado por De Barros.

Depois de quase quatro décadas de poder, o prefeito emedebista – que entregará ao sucessor o Sistema Municipal de Saúde envolto a um verdadeiro caos depois de quase quarenta anos – por sua conta e risco, já enfrenta mais de 176 denúncias de supostos desvios de recursos públicos da educação, saúde (urbana e indígena), da infraestrutura, promoção social, erradicação da pobreza e trabalho infantil.

Para tetar conter possíveis novos saques de recursos públicos da saúde e da educação (FUNDEB, FUNDEF e de outros fundos estaduais e federais), nas ações junto ao Ministério Público (Estadual e Federa), além do pedido de intervenção federal no sistema municipal de saúde, o ainda prefeito Gean de Barros, deve responder na Justiça por suposto enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro em gastos com candidatos a prefeito que apoiou, simultaneamente, em Labrea (Mabi Canizo) e em Boca do Acre com o irmão Frank de Barros (ele foi eleito prefeito da cidade numa campanha considerada fora dos padrões do Purus).

TRISTE HISTÓRICO – Dois portais de veiculação de notícias fizeram em um giro pela região sul do município de Lábrea em 2020-22-24. No período encontrou postinhos de saúde, praticamente, “entregues às baratas” com agentes de saúde e endemias sem condições de trabalho para atender os usuários do SUS junto ao Hospital Regional por falta de remédios e combustíveis para o translado de pacientes do interior do município.

Enquanto oprefeito navegava em iates com servidores à disposição, comida, bebidas, música ao vivo e para sua distração um suposto “bobo da corte” (veja imagem) dos ainda pré-candidatos a prefeito de Làbrea (Mabi Canizo) e Boca do Acre (Frank de Barros), Gean teve a garantia dos vereadores labreenses para sepultar o sistema de Gestão Pactuada Pela Saúde com o governo estadual e federal, respectivamente.

– Foi nessa época que o município decidiu se livrar das ações do SUS e entregar o Hospital Regional a empresários peruanos e bolivianos, denunciam servidores que se acham lesados por ainda não receberem seus direitos trabalhistas e previdenciários.

Nessa esteira, sobre o assunto, só agora, vereadores não reeleitos abordados nas ruas da cidade arriscam comentar – sob segredo da identidade – que “a presidência travava o acesso dos edis às decisões do prefeito sobre o fim da pactuação e que Jesus Batista, servidor cedido pelo tribunal de Justiça (TJAM) com ônus para o município, era o elo de garantia com o Judiciário em caso de ações contrárias ao feito”.

Desde que chegou à prefeitura por quatro vezes, o ainda prefeito de Lábrea viria sendo denunciado à Promotoria Pública, ora por inaptidão ao cargo, ora por má gestão dos recursos da saúde, educação, infraestrutura e por manter dinheiro público em casa desde o primeiro mandato. Nenhuma das denúncias teria prosperado nem teria chegado ao Judiciário, na Capital, segundo informações de políticos e analistas locais.

– Na cidade de Lábrea ha três agências bancárias funcionando, mas, Gean de Barros, ainda contaria com esse privilègio de sacar o dinheiro público na boca do caixa e guardá-lo em casa, confidencia funcionário de um banco digital conhecedor desse tipo de operação em bancos públicos e privados.

De acordo com o consultor jurídico João Roberto Soares – com banca nos estados de Rondônia, São Paulo e Distrito Federal (DF) – “o que acontece nas gestões dos prefeitos municipais, de presidentes de Câmara no interior do Amazonas, em órgãos estaduais e da União, nada ou quase nada, chega ao conhecimento das autoridades na Capital Manaus ou às responsáveis, em Brasília”.

– E os responsáveis locais pelos órgãos de controle seriam pessoas, ardentemente, pescadas e indicadas por políticos aos cargos-chaves, como ocorre nos questionáveis acordos de cooperação técnicos onde servidores seriam cedidos, com e/ou sem ônus para os cedentes, dizem ex-servidores aposentados do Estado e da União na região do Purus.

Diante do suposto caos instalado na rede municipal de saude de Lábrea, localizado a 702 quilômetros da Capital, entidades civis organizadas da microrregião sul deste município e de defesa de direitos humanos, na ausência da Câmara de Vereadores, considerando a suposta ineficácia dos órgãos de controle nas três esferas de poder (Executivo, Legislativo e Judiciário), “informamos que pediremos intervenção federal na rede de saúde do nosso município ao Supremo Tribunal Federal, STF”.

– Torcemos que as ações a serem impetradas, ainda fora do recesso, no decorrer desta semana, tenha como sorteados os ministros Flávio Dino ou Carmem Lúcia, é o que disse Francisco das Chagas, 67, um dos cidadãos a subscrever as ações em prol da população do município de Lábrea.