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Jornalista que invadiu transmissão pede para que russos ‘não sejam zumbis’

Marina Ovsyannikova, a jornalista russa que invadiu uma transmissão da TV estatal para denunciar a guerra disse que ela está preocupada por sua segurança, e que ela espera que o protesto dela abra os olhos dos russos para a propaganda do governo de seu país.

Ovsyannikova deu uma entrevista em que disse que não se sente como uma heroína e que espera que o sacrifício que ela fez não seja em vão.

Ela foi multada em 30 mil rublos (cerca de R$ 1.400). O ato dela foi classificado pelo governo da Rússia como vandalismo.

Ovsyannikova disse que ela quer mandar um recado aos russos: “Não sejam zumbis, não ouçam a propaganda, aprendam a analisar a informação, aprendam a encontrar outras fontes de informação que não sejam o Estado russo”

Bombardeios feitos pela Rússia em Kiev na manhã desta quarta-feira (16) atingiram prédios residenciais da capital ucraniana. Um vídeo registrou o momento em que mísseis atingem os edifícios. Um dos edifícios, de 12 andares, colapsou parcialmente.

A Ucrânia está desde ontem sob toque de recolher.

O governo da Rússia afirmou nesta quarta-feira (16) que está estudando a possibilidade de aceitar um acordo com a Ucrânia que determine que os ucranianos tenham seu exército, desde que as forças ucranianas só possam atuar dentro das fronteiras do país. O exército seria desmilitarizado, com função de proteger a população e os direitos dos ucranianos.

Algo semelhante existe na Áustria e na Suécia.

“Essa é uma variedade que está sendo discutida e que realmente poderia ser vista como um compromisso”, disse o porta-voz do governo da Rússia, Dmitry Peskov.

A informação é da agência RIA.

A referência à desmilitarização, aparentemente, é ligada à ideia de neutralidade da Ucrânia em relação à Otan.

Em 2008, a Otan prometeu à Ucrânia que o país um dia faria parte da aliança militar.

A Rússia diz que não pode permitir isso, e essa é uma das justificativas para a invasão.