UEA: estudo aponta má qualidade da água que chega à casa do parintinense

 

Relatório apresentou questões preocupantes sobre saneamento e preservação ambiental.

BNC Amazonas

Uma equipe de pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), por meio do mestrado profissional em rede de recursos hídricos, identificou a contaminação de poços de onde sai a água fornecida às casas dos moradores de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus).

Conforme relatório do estudo físico-química, foi constatada a presença de uma quantidade de alumínio acima do permitido para o consumo humano.

Além disso, a pesquisa alonta valores de amônia e nitrato preocupantes para a saúde da população.

Os problemas de fornecimento de água na cidade ocorrem desde 2005, portanto, há quase vinte anos.

 

 

Os resultados levantaram um alerta, pois estes parâmetros são indicadores de contaminação recente por esgotos domésticos.

A presença de nitrogênio nas águas resulta em uma questão ambiental complexa, tendo em vista que estes compostos acarretam no aparecimento de doenças relacionadas à saúde ambiental como, por exemplo, a metemoglobinemia, que oferece risco, principalmente, a crianças menores de 2 anos devido à capacidade do composto a base de nitrogênio se ligar fortemente à hemoglobina do sangue.

Nas análises não foi encontrada a presença de cloro livre, elemento essencial para garantir a segurança microbiológica, eliminando bactérias nocivas e prevenindo doenças transmitidas pela água.

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Em todas as amostras, o valor encontrado foi de 0,0, o que está em desacordo com a legislação.

Dessa forma, o sistema está susceptível à presença de coliformes fecais e à proliferação de microrganismos na rede de abastecimento.

Para o reitor da UEA, André Luiz Zogahib, as pesquisas são um marco importante para a saúde da população de Parintins e para a preservação dos recursos hídricos da região amazônica.

Esse trabalho vem sendo realizado desde 2018. E é fundamental que os grupos de pesquisa da UEA continuem unindo seus esforços para garantir a resolução desse problema, trazendo, de forma permanente, uma água digna para o povo parintinense, reforçou.