O número de mortes pela chuva em Petrópolis chegou a 120, segundo a Defesa Civil estadual. Na última terça-feira (15), forte temporal caiu sobre a cidade da região serrana do Rio de Janeiro, provocando deslizamentos e enchentes em vários pontos. Esta sexta-feira (18/2) é o quarto dia de buscas por 116 pessoas que continuam desaparecidas
Tragédia em Petrópolis: Mais chuva eleva o número de mortos para 120


RIO DE JANEIRO
Ontem, outro temporal atingiu a cidade, provocando novas enchentes. Ruas do centro histórico precisaram ser interditadas devido a alagamentos. Sirenes tocaram em alguns locais e pessoas tiveram que sair de suas casas em locais como a Quitandinha. Na comunidade 24 de Maio, novo deslizamento foi registrado.
De acordo com a Defesa Civil municipal de Petrópolis, núcleos de chuva de fraca a moderada se deslocam em direção à cidade.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, deve sobrevoar o município na manhã de hoje. Em seguida, deve participar de reunião de trabalho com autoridades locais para definir medidas emergenciais.
Um novo deslizamento, desta vez na comunidade 24 de Maio, gerou um alerta da Defesa Civil municipal nessa quinta. Após a ocorrência, o órgão viabilizou a evacuação da Rua Nova. A população foi orientada a se deslocar da área de risco para locais seguros. Há 25 escolas na cidade designadas pela prefeitura para receber os desabrigados.
O receio de novos deslizamentos aumentou durante o dia diante da previsão meteorológica. A Defesa Civil emitiu um aviso chamando a atenção para a possibilidade de pancadas de chuvas moderadas a fortes entre a tarde ontem, válido também para a madrugada de hoje. No decorrer do dia, 14 das 18 sirenes instaladas próximas a áreas de risco da cidade foram acionadas.
O temporal que culminou na tragédia deixou ruas do centro histórico de Petrópolis e de outros bairros alagadas. Imagens fortes e impressionantes circularam nas redes sociais. Segundo o governo do Rio de Janeiro, foi a pior chuva na cidade desde 1932. A região serrana do estado, onde se localiza Petrópolis, viveu outras tragédias nas últimas décadas. Em 1988 e em 2011, temporais também causaram um grande número de mortes.
Desta vez, um dos pontos mais impactados na cidade foi o Morro da Oficina, no Alto da Serra. Houve um grande deslizamento de terra no local, que fica próximo à Rua Tereza, conhecida área comercial do município perto do centro histórico. A prefeitura estima que cerca de 80 casas tenham sido afetadas.
