
À polícia, Werner Rydl contou que fundou um país, que denominou como “Seagarland”. A suposta nação conta com moeda própria baseada em gramas de ouro. Segundo ele, a riqueza foi juntada ao longo dos anos em que viveu no Brasil. O território apontado pelo austríaco fica localizado próximo à Foz do Amazonas, entre os Estados do Amapá e Pará. Ao todo, teria 141.533 km².
Um site disponibilizado na internet (seagar.info) mostra o “território no Oceano Atlântico, mas na plataforma continental brasileira”. Na página consta uma imagem que identifica uma suposta instituição bancária: a “Seagar Gold Bank”. O banco estaria em uma jurisdição que permite o armazenamento de ouro físico “livre de impostos”.
Outra página do site relata uma breve história de Rydl. Conforme a postagem, ele teria fugido da Áustria na década de 1990, quando foi acusado de crimes financeiros. A pedido das autoridades austríacas, o investigado ficou preso por quatro anos preso no Brasil. Foi deportado, mas cumpriu poucos meses de prisão no país europeu, devido à prescrição do crime. Em 2009, retornou ao Brasil. Seis anos mais tarde, em 2015, foi novamente preso ao tentar embarcar com uma barra de ouro ilegalmente, em Cuiabá (MT). Sem comprovar a origem, alegou ser “amuleto da sorte”.
Recentemente, Werner Rydl se beneficiou das flexibilizações das fiscalizações ambientais no Brasil. Além do aumento significativo das atividades de garimpo ilegais em terras indígenas. Esses fatores se desenvolveram para uma expansão preocupante no país do garimpo ilegal em territórios indígenas. Cujas as extrações causam sérios impactos, dentre eles o quase genocídio da população Yanomami em 2022.
Foz do Amazonas

Localizada entre os Estados do Amapá e Pará, a Foz do Amazonas é uma região próxima à Ilha do Marajó. O local é conhecido pela sua biodiversidade. Lá é onde o Rio Amazonas encontra e deságua no Oceano Atlântico. O fenômeno natural proporciona uma das maiores diversidades biológicas e únicas no mundo.
Neste ano, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), este ambiente se tornou centro de uma disputa entre a Petrobras e o Ministério do Meio Ambiente.
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A companhia de economia mista fez um pedido de exploração de petróleo na Foz, em 2021. No entanto, a solicitação foi indeferida pelos técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O órgão justificou que os estudos não mostraram quais serão os impactos para a região.