Rio Negro não registra queda pela primeira vez em quatro meses

 

Atual maior seca da história, o antigo recorde, 13,63m, foi superado no último dia 16 quando o rio registrou 13,59m

MANAUS (AM) – Pela primeira vez em mais de quatro meses, ou melhor, em 133 dias, o Rio Negro não apresentou descida no nível das águas. Nesta sexta-feira, 27/10, a cotação do rio se manteve em 12,70 metros a mesma registrada na quinta-feira, 26. As informações são do Porto de Manaus.

A seca no Rio Negro iniciou em 17 de junho e desde então o rio vinha secando initerruptamente até esta sexta-feira, 27, exatos 133 dias.

Anteriormente, o recorde de seca pertencia a 2010, quando o Rio Negro atingiu 13,63 metros. Contudo, no dia 16 de outubro deste ano, ele superou a marca, registrando 13,59 metros, estabelecendo um novo recorde histórico de vazante.

A estabilidade do rio pode ser um indicativo de uma iminente elevação das águas. Especialistas acreditam que dentro de algumas semanas, os efeitos das chuvas sejam perceptíveis no rio que banha a capital amazonense.

Nos últimos dias, foi observado uma desaceleração nesse processo, com o rio diminuindo cerca de 10 centímetros por dia. O monitoramento feito pelo Porto de Manaus, divulgou a última descida de 3 centímetros na quinta-feira, 26, registrando um mínimo de 12,70 metros, o nível mais baixo em 121 anos desde o início do monitoramento.

A estabilidade atual do Rio Negro causa esperança para a população que sofre com os impactos ambientais da vazante prolongada. A situação continua sendo monitorada pelas autoridades.

Impactos

A vazante extrema afetou diretamente a mobilidade e o abastecimento de alimentos e produtos em comunidades distantes. Além de impactar significativamente a vida de 608 mil pessoas.

Segundo o Boletim de Estiagem divulgado pelo Governo do Amazonas que monitora os impactos da seca no estado, atualmente 60 municípios estão em situação de emergência. Apuí e Presidente Figueiredo, que estavam em estado de normalidade, entraram ontem para a lista de municípios em alerta.

Por Rios de Notícias