Ramagem entrou para a PF como delegado em 2005 e chefiou a equipe de segurança de Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018, depois do atentado a faca em Juiz de Fora (MG). A partir daí, se tornou amigo próximo da família do presidente. Sua gestão na Abin foi de julho de 2019 a março de 2022.

Alexandre Ramagem — Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Ramagem, ao lado do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, no réveillon de 2019 — Foto: Reprodução
Brasil – A PF (Polícia Federal) intimou o ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e atual deputado Alexandre Ramagem (PL) a esclarecer nesta quinta- feira (25/1) sobre uma suposta espionagem ilegal feita enquanto esteve à frente do órgão durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Ramagem não confirmou que dará depoimento até a publicação deste post, às 9h15. Ele foi alvo da operação Vigilância Aproximada deflagrada nesta 5ª feira.
Policiais cumpriram mandado de busca e apreensão em seu gabinete na Câmara dos Deputados. Polícia Federal deflagrou uma operação que abalou as estruturas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
As investigações buscam esclarecer se a agência estatal foi utilizada para realizar monitoramento ilegal, revelando uma trama envolvendo políticos, governadores e até mesmo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre as autoridades que teriam sido alvo do monitoramento ilegal, destacam-se os ministros do STF, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o atual ministro da Educação, Camilo Santana, que anteriormente ocupou o cargo de governador do Ceará. Uma figura central nas investigações é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que foi diretor-geral da Abin no período de julho de 2019 a março de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro.
As suspeitas recaem sobre a realização de supostas investigações sem autorização judicial durante sua gestão. O escândalo expõe uma possível infiltração de uma organização criminosa na estrutura da Abin, lançando luz sobre práticas que comprometem a privacidade e a legalidade dos procedimentos de inteligência no país.
O uso de um software espião teria sido a ferramenta clandestina para o monitoramento das autoridades, infringindo normas éticas e legais .