Onça resgatada em Manaus foi atacada por caçadores e nadou durante 8 horas para sobreviver

Veterinários que atenderam a onça-pintada macho resgatada no Rio Negro, em Manaus, identificaram um quadro de extrema gravidade. Nessa quarta-feira (1) a deputada estadual Joana Darc revelou que o animal sofreu disparos por arma de fogo, além de apresentar dentes quebrados, ferimentos profundos, perda de sangue e sinais de severa exaustão.

De acordo com informações, o felino passou mais de oito horas nadando sem parar, em aparente fuga desesperada — possivelmente após um ataque de caçadores ilegais.

O caso, que já causava comoção pelo esforço da onça para resistir, tomou contornos ainda mais dramáticos após a confirmação dos ferimentos por arma de fogo. Todavia, internautas reagiram com tristeza e indignação à crueldade sofrida pelo animal.

“A exaustão é tanta que, mesmo toda ferida, foi obrigada a confiar na mesma espécie que feriu ela. Que São Francisco de Assis cuide”, comentou uma seguidora.

“Que tristeza ver ele agarradinho na boia, gente. Quanta maldade a do ser humano”, escreveu outro perfil.

O resgate

O caso começou na manhã de ontem, quando moradores da região da Praia da Ponta Negra avistaram a onça nadando aparentemente desorientada no meio do rio. O animal parecia debilitado, o que motivou o chamado urgente às autoridades.

O Batalhão Ambiental, a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Animal (Sepet) e o Instituto Laiff conduziram a operação de resgate. Após retirarem o animal com o auxílio de uma boia, os militares levaram a onça com urgência para uma clínica veterinária.

No momento, o felino segue sob cuidados intensivos. Seu destino ainda está em definição, com possibilidades de encaminhamento ao Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), ao Ibama ou ao zoológico de Manaus.

Portanto, a principal meta, segundo os órgãos envolvidos, é garantir sua recuperação completa e, se possível, reintroduzi-lo à natureza.