Prints vazados revelam o desespero da médica Juliana Brasil Santos durante o atendimento ao pequeno Benício Xavier de Freitas, de 6 anos, no Hospital Santa Júlia, em Manaus. Nas mensagens enviadas ao diretor de plantão, Dr. Enryko Queiroz, ela relata em pânico que aplicou a inalação com adrenalina por via intravenosa. Infelizmente, isso causou uma piora imediata no menino.

“Urgente. Prescrevi inalação com adrenalina e acabaram fazendo EV. Paciente tá passando mal… Eu errei a prescrição, pelo amor de Deus”, escreveu repetidamente, enquanto pedia ajuda para reverter o quadro.

Mesmo seguindo orientações básicas enviadas pelo diretor, Juliana continuou relatando a rápida deterioração clínica do paciente: “Ele não tá respirando. Me ajudaaaa, Dr.”.

O diretor informa que outro médico já estava a caminho. Posteriormente, Juliana descreveu oscilações no estado da criança — da parada respiratória a momentos de aparente melhora — enquanto tentava solicitar UTI.

O erro e a tragédia

O atendimento durou da noite de sábado (23) à madrugada de domingo (24). A aplicação incorreta da adrenalina, investigada como prescrição e administração inadequadas, culminou na piora irreversível de Benício. Horas depois, o menino não resistiu.

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) investiga o caso como homicídio doloso, apontando falhas na conduta profissional.

A médica Juliana e a técnica de enfermagem Raíza Bentes Paiva, responsável pela aplicação da medicação, estão afastadas prestaram depoimento na sexta-feira (28). Por fim, o Hospital Santa Júlia informou que aguarda o resultado das investigações.