Flu massacra River Plate em noite de gringos e faz torcedor sonhar acordado no Maracanã

 

Por Gustavo Garcia — Rio de Janeiro

 


Experimente dizer para o torcedor tricolor que a noite do dia 2 de maio de 2023 “foi só” uma noite de rodada de fase de grupos da Libertadores. Ou que o Fluminense de Fernando Diniz ainda “não ganhou nada” (tentando menosprezar a conquista do Campeonato Carioca).

Ouse afirmar para o torcedor tricolor que desceu as rampas do Maracanã cantando “seremos campeões” a plenos pulmões, na noite da última terça-feira, que o importante é o fim e não a trajetória. Ou se mais incisivo na busca de tirar um sorriso de um rosto tricolor nesta quarta-feira, que ainda é muito cedo para festejar e até mesmo se iludir.

Você vai esgotar as tentativas em vão.

Nada interessa neste momento para o tricolor que foi dormir ciente do que é sonhar acordado.

Fluminense comemora gol contra o River Plate — Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense

Fluminense comemora gol contra o River Plate — Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense

Massacre. Atropelo. Amasso. Denomine como preferir. O torcedor que esteve no Maracanã para apoiar o time pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores jamais vai esquecer do que viveu ali.

O “gigante” River Plate caído. Arrasado. Destroçado. Humilhado. Não foi só o 5 a 1 em cima do líder argentino.

Germán Cano comemora segundo gol em Fluminense e River Plate  — Foto: André Durão

Germán Cano comemora segundo gol em Fluminense e River Plate — Foto: André Durão

Em uma noite em que a equipe do técnico Martín Demichelis avançou as linhas para tentar impedir o jogo de imposição, distribuiu pontapés para amarrar, ameaçar e incomodar, o Dinizismo pediu passagem na América.

Apresentou credenciais. Mostrou o que é um “caos perfeito”. Coroou Germán Cano diante dos seus “hermanos”. Deu ares de herói renascido para Arias e aplicou a maior derrota na Libertadores que um dos gigantes do continente já sofreu.

Realmente, ainda é cedo para especular. Premeditar. Projetar. Cravar. Ainda mais em uma cultura onde só se premia o primeiro lugar. Mas quem está vivendo tudo isto sabe que é praticamente impossível não se curvar, não exaltar e até mesmo admirar. É prazeroso ver esse time jogar.