EXECUTIVO E O LEGISLATIVO LABREENSES ATESTAM CAOS NA REDE MUNICIPAL DE SAÚDE DEPOIS DO FIM DA GESTÃO COMPARTILHADA COM O ESTADO E O MINISTÉRIO DA SAÚDE SOB O COMANDO DO EX-PREFEITO GEAN CAMPOS DE BAIRROS
LÁBREA (SUL DO AM) – O prefeito Gerlando Lopes do Partido Liberal (PL), recebeu do antecessor Gean Campos de Barros (MDB), o município de Lábrea no Sul do Estado, “num quadro extremamente precário na saúde, educação e na infraestrutura da cidade” – isso depois de quase quatro décadas de governo emedebista patrocinado pelos deputados Adjuto Afonso (UB), Átila Lins (PSD) e o senador Eduardo Braga (MDB).
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Na constatação desse ranking negativo, Lábrea vinha se destacando entre os piores municípios da mesorregião amazonense do Purus na área de saúde entre os municípios da mesorrregião amazonese do Purus (Boca do Acre, Pauini, Canutama, Tapauá e Beruri) e para se viver, morar e trabalhar. O caos possibilitou, inclusive, que funcionários e profissionais deflagassem movimentos grevistas contra salários atrasados, péssimas condições de trabalho e a não responsabilização dos responsáveis pelo comando, à época, da prefeitura local.
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O município é ainda um dos que mais recebeu recursos da União e de emendas parlamentares à aquisição de material, equipamentos, mobiiário, veículos, remédios, combustíveis, peças de reposição, expansão do atendimento em telemidicina, de salários ao corpo clinico e aos profissionais da saúde. “Uma verdadeira fábrica de dinheiro público”, aventaram fontes do setor da construção civil pesada.
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Nesse segmento, reconhecem entidades civis organizadas consultadas por este portal de veiculação de notícias, o deputado Átila Lins (PSD) e o senador Eduardo Braga (MDB), “continuam sendo os campões de ajuda em dinheiro oriundo da avalanche de recursos destinados através de suas emendas para investimentos na saúde, educação e na infraestrutura da cidade”.
– As entidades não entenderam, ainda, foi para quê, para onde e para quem esse dinheiro chegou e foi pago, acrescentaram fontes vinculadas a empreendedores mais à esquerda da ex-administração municipal.

Mais inspeções sobre “estragos” na rede municipal de saúde

Atualmente, Lábrea “é destaque negativo junto ao Governo do Estado e da União por ter um dos piores sistemas de atendimento a pacientes do SUS” entre ribeirinhos, extrativistas, população indígena e a moradores da cidade em geral. “Nossa saúde é precária e enriqueceu empresários e médicos que implantaram, simultaneamente, sistema de medicina privada trabalhando pelo SUS”, apontam ex-aliados de Gean de Barros.
De cada dois a quatro bairros da periferia, aldeias indígenas e comunidades dos grotões deste município, um ou dois vilarejos “continua sem acesso fluvial e rodoviário para chegar aos centros de saúde de promovidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”. Na cidade, o Hospital Regional foi entregue em frangalhos com a farmácia vazia, mobiliário em desuso extremo e mergulhado na pior crise do setor depois que o ex-prefeito acabou com a gestão compartilhada com o Estado e o Ministério da Saúde.
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Num demorado giro pelo HR (Hospital Regional de Lábrea) e nas unidades de saúde (UBS), “ficou comprovado que a saúde pública em Lábrea sofreu um verdadeiro desmonte para dar lugar à iniciativa privada através de terceirizadas prestadoras de serviços de saúde através de organizações do setor”, revelou conhecida profissional  de saúde local.
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Segundo a interlocutora oculta, ainda assim, a população continuou sem acesso a atendimento de qualidade prometido pelas terceirizadas que teriam embolsado cerca de R$ 36 milhões do Estado através da SES-AM. Com o fim do contrato, médicos locais beneficiados pelo esquema, retiraram equipamentos para exames estacionados no Hospital Regional alargando, com isso, o aumento da crise na rede municipal de saúde (Veja vídeo).
HISTÓRICO SOFRÍVEL – Dados públicos e privados – mantidos sob segredo da ex-gestão nos últimos 16 anos – atestariam que o pior momento da crise na saúde e no Hospital Regional, foi instalado ao menos oito anos atrás. E deu-se durante a explosão de casos de COVID 19 (2019-22) com mortes que não foram evitadas com o não uso de testes, medicamentos de qualidade, máscaras e o translado seguro de pacientes por conta das grandes distâncias fluviais e rodoviárias – e até por suspeitas de corrupção (veja imagem).
Sem explicação aparente sobre o porquê do caos na saúde, em Lábrea, e da precariedade nos últimos anos, o prefeito Gerlando Lopes (PL) foi ao Hospital Regional e às Unidades de Saúde Básica (UBS). Decisivo a enfrehtar a crise no setor, percorreu instalações, ouviu servidores e profissionais da saúde. A partir dessas inspeções, acrediram moradores, “algo de bom e inovador deverá ser feito”.
À imprensa, o gestor um diagnóstico sobre o que viu e anotou durante as inspeções no HR, UBS e nas estruturas de funcionamento dos equipamentos da rede municipal e unidades de atendimento à população mantido pelo sistema do SUS. Oficialmente, ele atestou o desuso do mobiliário hospitalar, precariedade na distribuiçãode remédios (setor de farmácia), falta de condições de trabalho e anunciou providências num tempo mais curto possível na tentativa da situação venha a ser revertida.
Extraoficialmente, fonte que esteve na equipe percurssora da nova gestão (2025-28) durantes a primeira fase de inspeçoes na rede municipal de sapude, revelou que, “é possível que um novo plano de recuperação deva envolver uma espécie de gestão tripartite entre o Município, Estado e União Federal”.
Á reportagem a mesma fonte assegurou, porém, que a Prefeitura chegará a uma melhor solução possível para que a população labreense tenha melhor qualidade dos serviços de saúde – que ainda é baixa.
Por : XICO NERY é Produtor Executivo de Rádio, Jornal, Televisão e Repórter Fotográfico. Trabalhou em A Notícia,Diário do Amazonas, Jornal O Povo do Amazonas, Rede Amazônica de Rádio e Televisão, Agência Amazônia de Notícias (DF),em agências da Amazônia e países da SUDAMERICAe Correspondente do Sul do Amazonas.