Empresário de GO é preso suspeito de ordenar incêndio em helicópteros do Ibama no AM

Por g1 AM

 


Empresário Aparecido Naves Júnior foi preso suspeito de ordenar incêndio de helicópteros do Ibama em Manaus. — Foto: Divulgação/PF e Ayrton Senna Gazel/g1 AM

Empresário Aparecido Naves Júnior foi preso suspeito de ordenar incêndio de helicópteros do Ibama em Manaus. — Foto: Divulgação/PF e Ayrton Senna Gazel/g1 AM

Qual é a atividade dele?

 

De acordo com a PF, a investigação constatou que ele tem ligação com atividade ilegal de garimpo na terra indígena Yanomami, em Boa Vista (RR).

Ele também trabalha no ramo de leilão de veículos e venda de peças e acessórios para motos. Ele é um dos donos de uma empresa de peças de motos chamada Naves Miranda Auto Peças, de Abadia de Goiás (GO).

Onde ele foi preso?

 

Empresário é preso em casa de alto padrão em Goiânia suspeito de mandar queimar helicópteros do Ibama no Amazonas. — Foto: Divulgação/PF

Empresário é preso em casa de alto padrão em Goiânia suspeito de mandar queimar helicópteros do Ibama no Amazonas. — Foto: Divulgação/PF

Ele foi preso nessa quarta-feira em uma casa de alto padrão, no condomínio Jardins Lisboa, em Goiânia. No local, havia carros de luxo.

Segundo a PF, dias antes do ataque aos helicópteros, ele esteve em Manaus. Dias depois, seguiu para Boa Vista (RR) e, então, voltou a Goiânia.

O empresário Aparecido Naves Junior, de 35 anos, foi preso pela Polícia Federal por suspeita de ordenar o ataque que incendiou dois helicópteros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Manaus.

Ele foi preso em uma casa de alto padrão, em um condomínio de luxo de Goiânia (GO), na tarde desta quarta-feira (2). O ataque contra as aeronaves aconteceu no dia 24 de janeiroOutras cinco pessoas foram presas.

g1 ainda não conseguiu contato com a defesa do empresário.

Segundo o superintendente da PF no Amazonas, Leandro Almada, investigações constataram o vínculo do empresário com atividade ilegal de garimpo na terra indígena Yanomami, em Boa Vista (RR).

“A motivação do crime foi o prejuízo que ele sofreu em ações de fiscalização tanto do Ibama, com utilização dessas aeronaves, quanto da Polícia Federal, no decorrer de 2021”, disse.

A prisão ocorreu dentro da Operação Acauã, que tem como objetivo de apurar os crimes de incêndio, dano qualificado e associação criminosa, que acarretaram na destruição total de uma aeronave e parcial de outra.

Presos apontaram envolvimento de empresário

 

Na semana passada, a Polícia Federal prendeu outros cinco suspeitos de envolvimento no ataque:

  • o motorista, suspeito de ter levado e retirado os executores da cena do crime;
  • dois suspeitos de incendiar as aeronaves;
  • dois suspeitos de intermediar o agenciamento dos incendiários e repassar o pagamento pelos crimes.

 

Helicóptero do Ibama é incendiado durante ataque em Manaus. — Foto: Ayrton Senna Gazel/g1 AM

Helicóptero do Ibama é incendiado durante ataque em Manaus. — Foto: Ayrton Senna Gazel/g1 AM

Segundo a PF, o motorista foi preso um dia após o ataque, a partir da identificação do carro usado na fuga dos suspeitos. A partir daí, a polícia chegou aos outros quatro envolvidos.

Ainda conforme a PF, após confessarem participação no atentado, todos os envolvidos reconheceram o empresário Aparecido Naves Júnior como mandante do crime.