De tráfico de influência a rachadinha: entenda as suspeitas contra os filhos de Bolsonaro

 

Por g1


04, 03, 02 e 01. Jair Renan não está sozinho. Os nomes de Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro já foram ligados a casos que vão de tráfico de influências até denúncia sobre funcionários fantasma e rachadinha. Casos esses que podem guardar semelhanças entre si, como explica Thais Bilenky, repórter da revista piauí e apresentadora do podcast “Alexandre”.

“E isso me remete a uma outra característica da forma como a família Bolsonaro faz política e se notabilizou por isso, que é uma falta de cuidado”, disse ela em entrevista ao podcast O Assunto desta sexta-feira (25).

“Inclusive com a imagem, com os problemas e as encrencas em que se metem muitas vezes menores perto de investigações maiores das quais também são alvos.”

 

O presidente Jair Bolsonaro e seu filho Jair Renan Bolsonaro, durante lançamento do partido Aliança pelo Brasil, em 21 de novembro de 2019 — Foto: Evaristo Sa/AFP/Arquivo

O presidente Jair Bolsonaro e seu filho Jair Renan Bolsonaro, durante lançamento do partido Aliança pelo Brasil, em 21 de novembro de 2019 — Foto: Evaristo Sa/AFP/Arquivo

Nesta quinta-feira (24), Jair Renan, o filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi alvo de mandado de busca e apreensão em operação da Polícia Civil do Distrito Federal. A operação foi deflagrada contra um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

Jair Renan já tinha se envolvido em outra investigação, dessa vez sobre tráfico de influência, em 2020, num caso “que mostra o uso da máquina pública para obter vantagens”, modus operandi da família Bolsonaro, como apontado por Bilenky.

Bilenky também lembra um caso envolvendo o senador Flávio Bolsonaro, investigado pela prática de rachadinhas, processo que foi praticamente anulado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2021.

“A acusação da rachadinha é muito similar, né, pelo menos nos seus métodos, ao que também já se acusou em relação ao próprio Bolsonaro e ao Carlos Bolsonaro, que é aqueles em que os servidores do gabinete repassam parte do seu salário, segundo as investigações, repassam parte do seu salário a alguém que opere esse esquema.”

Jair Bolsonaro com os filhos Carlos, Flávio e Eduardo — Foto: Flickr/família Bolsonaro

Jair Bolsonaro com os filhos Carlos, Flávio e Eduardo — Foto: Flickr/família Bolsonaro

Há, ainda, investigações sobre o chamado “gabinete do ódio” durante o governo do ex-presidente Bolsonaro e que envolve os nomes de Carlos e Eduardo.

“O Carlos Bolsonaro sempre foi visto como o grande mentor, talvez ou grande operador do ‘gabinete do ódio’, que foi um um núcleo montado dentro do Palácio do Planalto com gente indicada pelo Carlos Bolsonaro e também pelo Eduardo Bolsonaro para fazer essa ‘central de desinteligência’, de desinformação, de fake news e de ataques virulentos.”