
Crescem os números de mortos e de desaparecidos na tragédia em Petrópolis (RJ)
As tentativas de encontrar sobreviventes e resgatar corpos de vítimas da chuva em Petrópolis seguem neste sábado (19). É o quinto dia de buscas ligadas à tragédia, que até a noite de sexta-feira (18) deixou 137 mortos, mais de 200 desaparecidos e 967 pessoas desabrigadas.
As equipes do Corpo de Bombeiros se dividem em três áreas principais — os setores Alfa, Bravo e Charlie, que abrangem regiões como o Morro da Oficina, a Rua Teresa, o Alto da Serra, a Chácara Flora, a Vila Felipe, Caxambu e localidades vizinhas. O posto de Comando Central está localizado no 15º Grupamento de Petrópolis.
Durante a sexta-feira, a população do município temeu que novos deslizamentos pudessem acontecer. Isso porque voltou a chover forte na cidade no início da noite. Sirenes no primeiro distrito foram acionadas, mas por volta das 21h30 a chuva deu uma trégua.
Para este sábado, a previsão é de que chova ao longo dia. O Climatempo tempo prevê que o dia deve ser de sol, com muitas nuvens e com períodos nublados, com chuva a qualquer hora. O volume de precipitação pode chegar a 22 milímetros ao longo do dia.
Números da tragédia (até 0h de sexta-feira):
Perfil das vítimas fatais
O Instituto Médico-Legal (IML) em Petrópolis informou que, dos 136 mortos, 81 são mulheres e 50 homens, sendo 22 menores de idade. Ao todo, 89 corpos foram identificados, e outros 69 liberados. Veja quem são algumas das vítimas já reconhecidas.
O IML recebeu ainda partes de outros três corpos – nesse caso, não é possível identificar se são de homem ou de mulher. Por isso, será preciso fazer a coleta de material genético de parentes para tentar identificar as vítimas.
“Nesses locais onde a população pede o uso de máquinas, nós não podemos entrar com máquinas agora. O Corpo de Bombeiros acredita encontrar pessoas com vida ali”, afirmou Monteiro. “Eu não posso remover o solo da maneira que eles querem”, acrescentou.
Monteiro detalhou o protocolo dos bombeiros: “Temos uma técnica para este tipo de desastre. Primeiro, precisamos de silêncio. É um trabalho manual, chamamos as pessoas pelo nome, depois passamos com os cães treinados para encontrarem pessoas vivas, e depois os bombeiros passam fazendo mais um chamado pelo nome”.
Fotos de sexta-feira

Casa caiu, restou apenas o banheiro — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Pás são vistas sobre colchão durante trabalho de buscas em Petrópolis nesta sexta (18) — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Casa no alto do Morro da Oficina, em Petrópolis, que não foi arrastada pelo temporal — Foto: Marcos Serra Lima / g1

Casa destruída pelo deslizamento é vista no morro da Oficina, em Petrópolis (RJ), nesta sexta-feira (18) — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Mecânico voluntário busca por corpos sozinho em área de risco em Petrópolis (RJ) nesta sexta (18) — Foto: Marcos Serra Lima/g1