Advogado de bolsonarista que matou tesoureiro do PT diz que cliente “perda da memória”

Brasil – O advogado de Elize Matsunaga, que passou a integrar a equipe de defensores do policial penal denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado pelo assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, diz que o atirador não se recorda da ação ocorrida na noite de 9 de julho em Foz do Iguaçu (PR).
O criminalista Luciano Santoro diz ter visitado Jorge José da Rocha Guaranho na última quinta-feira (28) no Hospital Ministro Costa Cavalcanti, onde ele está internado em recuperação.
Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), o atirador invadiu de carro a festa da vítima, que comemorava o aniversário de 50 anos com uma celebração alusiva ao PT. Após discutirem, o bolsonarista deixou esposa e filho em casa, voltou ao local e atirou em Arruda, que revidou aos disparos.
Baleado, Guaranho perdeu a consciência após ser agredido por ao menos três chutes na cabeça, como mostram imagens de câmeras de segurança no local do crime.
Santoro relaciona as agressões à gravidade das lesões, que motivaram a abertura de um inquérito paralelo em meio à investigação do assassinato.
“Ele não tem memória do evento. Chutaram muito a cabeça dele. É um milagre ele ter sobrevivido. Acredito que a recuperação será muito longa e difícil”, disse em entrevista ao UOL pelo WhatsApp. “Mas as informações sobre o estado de saúde dele apenas podem ser prestadas pelos médicos. Não tenho a menor qualificação para isso”, ponderou.
Fonte: Uol Notícias