Leonardo Biase, dono do Portal do LCJ, ficou mais de 12h preso em uma cela da delegacia do município por determinação da delegada Mary Anne Trovão por um suposto desacato durante uma cobertura jornalística no cemitério da cidade

O repórter Leonardo Biase, dono do Portal do LCJ, foi colocado em liberdade por meio de um habeas corpus concedido pelo juiz Gonçalo Brandão de Souza, da 1ª Vara Cível da Comarca de Itacoatiara.

O repórter ficou mais de 12 horas preso em uma cela da Delegacia Integrada de Polícia (DIP) do município por determinação da delegada Mary Anne Trovão.

Leo foi preso na manhã de quinta-feira (30), acusado de desacato a autoridade, no momento em que fazia uma transmissão ao vivo no Facebook da exumação de um cadáver de cemitério. O repórter foi proibido pela delegada de se aproximar da cova e acabou sendo preso por desacato.

Leonardo foi levado para a Delegacia, onde foi autuado e a delegada arbitrou fiança de 10 salários mínimos, num total de R$ 13.200, para soltar o repórter.

A prisão de Leonardo levou várias pessoas para frente da Delegacia, acreditando que a prisão foi injusta e pedindo a liberdade de Leonardo, que só foi liberado por volta das 21h.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que antes de ser preso, o repórter estava fazendo uma cobertura ao vivo da remoção ilegal dos restos mortais de Gabriel Costa Caldeira, falecido em 2020.

O vilipêndio a cadáver aconteceu no cemitério do município, sendo que o crime pode ter detenção, de 1 a 3 anos, e multa.

O repórter fez imagens do cemitério, mas foi proibido de se aproximar da cova e, por isso, foi reprimido pela delegada da cidade. Em seguida, um dos investigadores se aproximou do repórter, afirmando que a família não queria que ele filmasse nas proximidades do local.