LUTO – Morre Arnaldo Jabor aos 81 anos após sofrer um AVC em dezembro

 

Morre Arnaldo Jabor aos 81 anos após sofrer um AVC em dezembro. A informação é do jornal Folha de São Paulo. O jornalista e cineasta

 

Arnaldo Jabor (Rio de Janeiro12 de dezembro de 1940) é um cineastaroteiristadiretor de cinema e TVprodutor cinematográficodramaturgocríticojornalista e escritor brasileiro descendente de judeus libaneses.

Biografia

Carioca nascido em 1940, filho de um oficial da Aeronáutica e uma dona de casa,[2] o cineasta e jornalista Arnaldo Jabor já foi técnico de som, crítico de teatro, roteirista e diretor de curtas e longas metragens.

Formado no ambiente do Cinema Novo, participou da segunda fase do movimento, que buscava analisar a realidade nacional, inspirando-se no neorrealismo italiano e na nouvelle vague francesa. Seu primeiro longa metragem foi o inovador documentário Opinião Pública (1967), uma espécie de mosaico sobre como o brasileiro olha sua própria realidade.

Arnaldo Jabor, 1972. Arquivo Nacional.

No início dos anos 70, com o recrudescimento da repressão política e da censura, os antigos autores cinemanovistas procuram caminhos metafóricos, alegóricos, para driblar a ação do governo e poder expor suas propostas. Jabor faz o mesmo com Pindorama (1970). Mas aqui o excesso de barroquismo e de radicalismo contra o cinema clássico comprometem a qualidade da obra, como o próprio Jabor admitiria mais tarde.

Seu próximo filme o redime completamente e se converte num dos grandes sucessos de bilheteria do cinema brasileiro: Toda Nudez Será Castigada (1973), adaptado da peça homônima de Nelson Rodrigues, possui um enfoque mais humano, mas ainda assim não poupa implacáveis críticas à hipocrisia da moral burguesa e de seus costumes, na história do envolvimento da prostituta Geni (Darlene Glória, no papel que lhe valeu o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim) com o viúvo Herculano (Paulo Porto).