Vereadores de Manaus repercutem assassinato de militante do PT

O assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, no Paraná, Marcelo Aloizio de Arruda, 50, ocorrido na madrugada deste domingo (10), repercutiu entre vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) nesta segunda-feira (11), que caracterizaram o ato como “fanatismo” e “extremismo”. O militante petista foi morto em sua própria festa de aniversário pelo policial penal Jorge da Rocha Guaranho.
Conforme consta no boletim de ocorrência, os relatos das testemunhas apontam que o atirador chegou à comemoração aos gritos de “Aqui é Bolsonaro” e, em seguida, baleou o aniversariante, que foi socorrido e morreu no hospital. Guaranho, que também foi baleado por Arruda, está internado em estado grave, sedado e intubado no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, conforme boletim médico emitido na tarde desta segunda.
Em entrevista ao site O PODER, o vereador Sassá da Construção Civil (PT) disse que, para ele, a democracia está “acima de tudo”. Apesar de atribuir muitos ataques da direita à esquerda , o parlamentar afirmou que não se pode culpar a todos.
“Algumas pessoas, com fanatismo, fazendo agressão, soltando bombas em alguns estados em que passa o ex-presidente Lula, jogando fezes nas pessoas. Eu acho que a democracia tem que respeitar a opinião de cada um. Tanto respeito por lado da direita como da esquerda. Democracia é você ter diálogo, debate. Eu não gosto do outro lado, do presidente, do que ele faz, o desemprego, a fome, a inflação, o ódio que ele tem, mas mesmo assim eu não quero o mal dele. Eu vou para a democracia. Violência, comigo, para a morte, eu não aceito”, ressaltou o petista.
Sassá encaminhou uma moção de repúdio, ao ato que culminou na morte de Marcelo Arruda, para o ministro da Justiça, Anderson Torres, ainda nesta segunda. O documento que teve apoio unânime dos parlamentares da Casa.
Seguidor do viés político de direita, o vereador Capitão Carpê Andrade (Republicanos) reprovou as ações do policial penal Jorge Guaranho. Ele também relembrou o atentado sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018, esfaqueado por Adélio Bispo em meio à campanha presidencial.
“Eu quero repudiar qualquer ato criminoso de extremismo, seja de direita ou seja de esquerda. Eu sou policial militar e estou vereador. E, como policial militar, eu defendo sempre a lei e sou um garantidor dos direitos do cidadão. Quando se leva ao extremismo, acontece esse tipo de situação, onde um cidadão de esquerda pagou com sua própria vida por conta de viés político de oposição”, afirmou Carpê. “Em 2018, o presidente Bolsonaro foi ferido com uma facada, que quase o levou a óbito. Então, quando se usa a violência e o extremismo, quem perde é a democracia”, completou.
Fonte: O Poder