Protocolado pedido de  Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar as denúncias de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC).

Com as assinaturas de Omar Aziz (PSD-AM) e Eduardo Braga (MDB-AM), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou nesta terça-feira (28) o pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar as denúncias de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC).

Para que a comissão inicie os trabalhos, é necessário que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), faça a leitura do documento em plenário.

O regimento do Senado prevê que pedidos de abertura de CPIs precisam ser assinados por, no mínimo, 27 senadores — um terço dos 81 que compõem a Casa. Até a última atualização desta reportagem, 31 parlamentares haviam assinado.

A criação da CPI ganhou força na semana passada, após o ex-ministro da educação Milton Ribeiro e pastores denunciados terem sido presos pela Polícia Federal.
Lista

Saiba abaixo quais senadores assinaram o pedido de criação da CPI:

• Randolfe Rodrigues (Rede-AP) — autor;
• Paulo Paim (PT-RS);
• Humberto Costa (PT-PE);
• Fabiano Contarato (PT-ES);
• Jorge Kajuru (Pode-GO);
• Zenaide Maia (Pros-RN);
• Paulo Rocha (PT-PA);
• Omar Aziz (PSD-AM);
• Rogério Carvalho (PT-SE);
• Reguffe (União Brasil-DF);
• Leila Barros (PDT-DF);
• Jean Paul Prates (PT-RN);
• Jaques Wagner (PT-BA);
• Eliziane Gama (Cidadania-MA);
• Mara Gabrilli (PSDB-SP);
• Nilda Gondim (MDB-PB);
• Veneziano Vital do Rego (MDB-PB);
• José Serra (PSDB-SP);
• Eduardo Braga (MDB-AM);
• Tasso Jereissati (PSDB-CE);
• Cid Gomes (PDT-CE);
• Alessandro Vieira (PSDB-SE);
• Dario Berger (PSB-SC);
• Simone Tebet (MDB-MS);
• Soraya Thronicke (União Brasil-MS);
• Rafael Tenório (MDB-AL);
• Izalci Lucas (PSDB-DF);
• Giordano (MDB-SP);
• Marcelo Castro (MDB-PI);
• Confúcio Moura (MDB-RO);
• Jarbas Vasconcellos (MDB-PE).

Prisão de Milton Ribeiro

Milton Ribeiro foi preso no dia 22 – e solto no dia 23 – na ação da Polícia Federal que investiga a suposta atuação de pastores na liberação de recursos do Ministério da Educação.
Em março deste ano, se tornou conhecida uma gravação na qual Ribeiro, ainda como ministro, disse que priorizava o repasse de dinheiro a municípios indicados por pastores e que, ao fazer isso, atendia a um pedido do presidente Jair Bolsonaro.

Depois, Milton Ribeiro negou. Afirmou que não priorizava municípios indicados por pastores e que Bolsonaro não havia lhe pedido isso. O episódio levou à demissão do então ministro.

Com a saída de Ribeiro do cargo, as investigações saíram do STF e foram para a Justiça Federal em Brasília. O juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal, entendeu que, soltos, Ribeiro e os pastores poderiam interferir nas investigações e, por isso, determinou a prisão deles.

Um dia depois, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), com sede em Brasília, mandou soltar os investigados. O magistrado entendeu que medidas cautelares seriam mais adequadas porque Ribeiro não é mais ministro.

*Com informações da assessoria