PF faz ação contra plano para matar Moro e agentes públicos

 

Do UOL, em São Paulo

O ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil) era um dos alvos de uma organização criminosa que pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades.

O que aconteceu:

  • O senador e um promotor de Justiça estão entre os alvos do grupo, segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino. O nome do promotor não foi divulgado.
  • “Foi investigado e identificado um plano de homicídios contra vários agentes públicos”, escreveu o ministro nas redes sociais.
  • Moro disse que fará um pronunciamento na tarde de hoje sobre o caso na tribuna do Senado. Ele atribuiu os planos à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), mas a informação ainda não foi confirmada pelas autoridades.
  • Extorsão mediante sequestro também era uma das ações planejadas pelo grupo criminoso, segundo a PF.
  • Os principais investigados se encontram nos estados de São Paulo e Paraná, diz a PF.
  • Alvos da operação Sequaz estão também em Rondônia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.

Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado.”Sergio Moro, senador

 

Quando ainda era juiz, Moro foi o responsável por coordenar, em 2019, a transferência de Marcola, líder do PCC, e mais 21 suspeitos de integrar o grupo para presídios federais.

A PF cumpre:

  • Sete mandados de prisão preventiva.
  • Quatro mandados de prisão temporária.
  • 24 mandados de busca e apreensão.

Sequaz

“O nome da operação se refere ao ato de seguir, vigiar, acompanhar alguém, devido ao método utilizado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações as possíveis vítimas”, diz a PF.

Ousadia de criminosos

É deletéria a evidência de que o crime está ficando ousado no Brasil. A informação de que um grupo se articulou para cometer crimes simultâneos envolvendo autoridades é impressionante. Mas é alvissareiro ver que a polícia conseguiu desarmar. Mostra que há inteligência e ela está funcionando.”
Josias de Souza, colunista do UOL