As Paralimpíadas de Tóquio vão ter início na terça-feira. Até o dia 5 de setembro, novos campeões paralímpicos vão ser coroados em 22 modalidades, duas delas estreantes no programa dos Jogos. O parataekwondo e o parabadminton são as novidades no Japão, e o Brasil tem chance de pódio. Vitor Tavares é o único representante brasileiro no parabadminton, enquanto Débora Menezes, Nathan Torquato e Silvana Cardoso competem no parataekwondo.
Paralimpíadas terão dois esportes estreantes; Brasil tem boas chances

Parataekwondo e parabadminton são as novas modalidades do programa paralímpico de Tóquio
Por Redação do ge — Tóquio, Japão
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Nathan Torquato é destaque do parataekwondo — Foto: Ale Cabral/CPB
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As duas modalidades foram confirmadas no programa para os Jogos de Tóquio em 2015, depois de um processo de candidatura do Comitê Paralímpico Internacional (IPC). O parabadminton e o parataekwondo substituíram o futebol de 7 (para pessoas com paralisia cerebral) e a vela, praticados em poucos países.
Parataekwondo?
O esporte
É uma das modalidades mais jovens em termos de desenvolvimento. Em 2006, a Federação Internacional de Taekwondo começou a promover a adaptação da arte marcial coreana para pessoas com deficiência. As principais diferenças do parataekwondo para o taekwondo convencional são: golpes na cabeça são considerados faltas e os socos não são pontuados, embora sejam permitidos. Apenas chutes no colete são pontuados.
Quem compete?
Na estreia da modalidade nas Paralimpíadas, apenas atletas das classes K43 e K44 são elegíveis para as disputas de kyorugi (combate). São pessoas com deficiências nos membros superiores.
Os brasileiros
O Brasil conta com três fortes candidatos ao pódio em Tóquio no parataekwondo, todos com má formação congênita em um dos braços. Com 31 anos, Débora Menezes é a mais experiente do grupo e foi prata nos Jogos Parapan-Americanos de 2019 e campeã mundial no mesmo ano na categoria +58kg. Nathan Torquato (20 anos) e Silvana Cardoso (22 anos) faturaram o ouro no Parapan de 2019 e competem nas categorias -61kg e -58kg respectivamente.
Débora Menezes parataekwondo — Foto: Daniel Zappe/EXEMPLUS/CPB
Parabadminton?
O esporte
O parabadminton é uma adaptação do badminton convencional para pessoas com deficiências físicas. A modalidade de raquete e peteca começou a ser praticada em 1995 e teve Campeonato Mundial em 1998. No Brasil, o esporte foi introduzido em 2006 e desde 2011 o país marca presença em todos os Mundiais.
Quem compete
No parabadminton das Paralimpíadas, os atletas competem em chaves de simples e duplas, incluindo duplas mistas. Também há uma divisão por classes: WH1 e WH2 são classes funcionais de cadeiras de rodas; SL3 e SL4 são para pessoas com deficiências em membros inferiores que andam; SU5 é para pessoas com deficiência em membros superiores; e SH6 é uma classe para pessoas com baixa estatura.
O único brasileiro
Vitor Tavares é o representante do Brasil no parabadminton em Tóquio. O atleta de 22 anos foi campeão dos Jogos Parapan-Americanos de 2019 na classe SH6 e conquistou três bronzes no Mundial daquele ano. O curitibano possui hipocondroplasia congênita, popularmente conhecida como nanismo e joga parabadminton desde 2016.
Vitor Tavares será o representante do Brasil na estreia do parabadminton em Paralimpíadas — Foto: Takuma Matsushita/CPB