“Nessa cadeira não senta miliciano”, diz Sassá após suposta denúncia envolvendo Sargento Salazar

 

 

O vereador Sassá da Construção Civil (PT) utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta segunda-feira (4), para afirmar que miliciano não vai sentar na cadeira da Casa Legislativa.

As declarações foram feitas após a divulgação de um vídeo em que um homem, encontrado morto na BR-174, denuncia uma suposta milícia no Amazonas, alegando envolvimento de autoridades, incluindo o vereador eleito Sargento Salazar, o secretário de Segurança, coronel Vinícius, e outros policiais militares.

“Eu vi um vídeo envolvendo esse candidato [Sargento Salazar] e outras autoridades. Se aquilo for verdade, esse cidadão não pode pisar os pés nessa Casa. Nessa cadeira não senta miliciano não, senta trabalhador. Cadeira onde senta um ex-pedreiro de obra, um ex-servente de obra, mas miliciano não senta aqui não. Porque essa casa é do povo, é casa de trabalhador e trabalhadora”, diz Sassá.

O homem  diz no vídeo que os dois comandam uma milícia no Amazonas. Carlos foi morto com tiros de pistola 9 milímetros e 11 de calibre 380. Ele também tentou se arrastar antes de ser baleado e foi achado com uma identidade falsa.

“Eu, o sargento Henrique Santiago, o sargento Salazar, Camurça da Rocam, Coronel Vinícius fizemos arrocho no meio do rio no qual eu sou o que destino toda a droga para o estado do Amazonas. Nós somos uma milícia onde todos os policiais presos no bairro Monte das Oliveiras fazem parte dela. Eles me deram documentos para caso eu fosse parado pela polícia ter tudo o aval para poder passar batido. Eles têm tudo um comércio ilegal de ouro. Da Rocam todos eles fazem parte dessa milícia, temos áudios deles falando da parte do arrocho”, disse ele.

Por meio de nota, a SSP-AM nega tudo. “A secretaria destacou que, além da veracidade do conteúdo, as circunstâncias do vídeo serão analisadas para determinar como e onde ele foi produzido, além de esclarecer a identidade da pessoa responsável por fazer as acusações”.