Justiça determinou que capivara “Filó” entregue ao Ibama volte aos cuidados de  influenciador? Entenda

 

Embora tenha repercutido uma decisão judicial supostamente favorável ao influenciador nas redes sociais, permissão foi apenas para que local em que animal está seja vistoriado

Por Bernardo Yoneshigue — Rio de Janeiro


Neste sábado, durante live realizada no Instagram, os ativistas da causa animal Arnaldo Rocha e Luisa Mell afirmaram que uma decisão judicial teria determinado o retorno da capivara Filó, entregue ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pelo influenciador Agenor Tupinambá, de 23 anos, na última quinta-feira, para o convívio com o jovem.

O influenciador, que viralizou nos últimos meses por compartilhar o dia a dia ao lado da capivara, foi notificado no dia 18 pelo instituto por “exploração indevida de animais silvestres para a geração de conteúdo em redes sociais”, com base na Lei de Crimes Ambientais. Na quinta, foi de avião com a capivara até o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Manaus, onda ela permanece com o Ibama até que possa ser reintegrada à natureza.

Uma decisão judicial desta tarde, porém, foi comemorada por manifestantes que estavam em frente ao Cetas como a volta do animal para a casa de Agenor. O tiktoker vive em Autazes, e seus apoiadores alegam que o ambiente é propício para a capivara. A determinação da Justiça repercutiu rapidamente inclusive nas redes sociais, porém ela não libera de fato a volta de Filó para a casa do influenciador, apenas permite uma vistoria no local em que Filó está no Ibama.

O Ibama também se manifestou na noite deste sábado sobre o assunto, destacando que “é falsa a informação divulgada em redes sociais de que haveria decisão judicial determinando a devolução de uma capivara ao infrator Agenor Tupinambá”. O instituto rebateu ainda acusações de que haveria medicamentos vencidos no Cetas, afirmadas pela deputada Joana em vídeos nas redes.

“A deputada Joana Darc foi ao local, observou o animal e divulgou informação falsa de que haveria vacinas vencidas. O protocolo clínico veterinário determina que não se imuniza animais silvestres”. Além disso, afirmou que “movimentação de pessoas no local, como ocorreu neste sábado, pode prejudicar a reabilitação, retardando o processo e causando estresse desnecessário a animais que já passaram por bastante sofrimento.