General Heleno pede adiamento de depoimento à PF no caso da “Abin paralela”

 

Os advogados do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional querem antes acesso à integra do processo. Ainda não há uma nova data marcada

 

General Augusto Heleno
General Augusto Heleno
Bruno Spada / Câmara dos Deputadas

O general Augusto Heleno, ex-chefe do GSI no governo Bolsonaro, pediu adiamento do depoimento que daria à Polícia Federal no âmbito das investigações da “Abin paralela”.

Os advogados do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional querem antes acesso à integra do processo. Ainda não há uma nova data marcada.

Augusto Heleno é suspeito de receber informações da chamada “Abin paralela”, que monitorou sem autorização judicial mais de 1200 pessoas.

No governo Bolsonaro, a Abin era subordinada ao GSI, chefiado por Heleno. Por isso, fontes da investigação dizem que seria muito difícil que o general não tivesse ciência das irregularidades.

Alexandre Ramagem era diretor geral da Abin durante boa parte do governo Bolsonaro. Na operação da PF na casa dele, há pouco mais de uma semana, os agentes encontraram um celular e um notebook da Abin e ainda documentos sobre uma operação da agência numa comunidade da cidade do Rio de Janeiro, que teria como alvos traficantes de drogas e milicianos.

Nos próximos dias, ramagem deve pedir afastamento da comissão mista de controle das atividades de inteligência do congresso nacional. A comissão, que reúne deputados e senadores, tem a missão de fiscalizar órgãos como a Abin e foi criticada por não detectar irregularidades na agência.

Um dos integrantes, o senador Espiridião Amin, diz que foram pedidas informações à Abin, à Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União, sem resposta. Por isso, pediu investigação dos três órgãos por abuso de autoridade.

JORNAL DA  BAND