Maior devastador da Amazônia usava laranjas e gerou danos de R$ 116 mi
 
				
Investigação mostra que advogada pagou para delegado da Polícia Civil para livrar grupo após fiscalização identificar desmatamento ilegal

A investigação da Polícia Federal contra um grupo suspeito de ser responsável direto por uma das maiores áreas desmatadas no país, se não a maior, aponta que uma advogada que defendeu um dos integrantes da organização criminosa teria pago propina a um delegado e a um investigador da Polícia Civil do Pará para livrar o grupo em uma fiscalização.
No último dia 6, a PF deflagrou a segunda fase de operação para desarticular o grupo que, ao menos nos últimos 10 anos, invadiu e desmatou terras da União, sendo responsável por danos ambientais que chegam a R$ 116,5 milhões. A PF aponta que o chefe do grupo, Bruno Heller, usava parentes como “laranjas”, fazendo registros das terras nos nomes dessas pessoas.
Detalhes da investigação, obtidos pelo Metrópoles, mostram que a advogada Rafaele Dalmagro pagou ao delegado da Polícia Civil Jardel Magalhães, que é ex-vereador de Santarém, e a um agente da polícia para amenizar o relatório de uma fiscalização que flagrou sete pessoas derrubando árvores com uso de motosserras em uma área pública da União ocupada pelo grupo.
O caso ocorreu em maio de 2021, e a polícia o descobriu após acessar trocas de mensagens entre a advogada e Tatiana Heller, filha do homem apontado como chefe do grupo, após busca e apreensão na primeira fase da operação, em agosto deste ano.
Conforme diálogos, Tatiana procurou Rafaele para se orientar sobre como proceder. A advogada disse que conhecia “esse pessoal” e que eles iriam “exigir dinheiro” (leia diálogos abaixo). “Infere-se que a advogada já teria realizado outras tratativas para o pagamento de propina aos policiais em questão”, diz a PF em relatório.
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