‘Garimpo ilegal’: empresário de Alexandre Pires usava os próprios familiares para lavar dinheiro
 
				
Por Sthefane Campos
Brasil – A Polícia Federal (PF) desvendou detalhes chocantes da operação “Disco de Ouro”, que expôs um esquema de lavagem de dinheiro conduzido pelo empresário Matheus Possebon, figura central na carreira do renomado cantor Alexandre Pires. A investigação revela que Possebon teria usado familiares como intermediários para ocultar recursos provenientes da empresa Betser, suspeita de envolvimento em garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.

A PF identificou três núcleos no esquema: financeiro, logístico e de laranjas. Matheus Possebon, apontado como integrante do núcleo financeiro e sócio oculto da Betser, foi preso juntamente com o proprietário da empresa, Christian Costa dos Santos.
O cantor Alexandre Pires teve seu celular apreendido, mas permanece em liberdade. De acordo com as autoridades, Possebon teria recebido mais de R$ 1,18 milhão da Betser, envolvendo membros de sua família em transações suspeitas: – Irmão e nora: R$ 435 mil; – Primo: R$ 86.500 mil; – Irmã: R$ 30 mil; – Cunhado: R$ 7 mil. O contador do empresário também teria recebido R$ 10 mil da empresa.

A PF afirma que Christian dos Santos e Matheus Possebon atuaram como “sócio ostensivo” e “sócio oculto”, respectivamente, facilitando a lavagem de milhões de reais e grandes quantidades de minério. A decisão judicial destaca que a prática criminosa constitui a principal fonte de renda, totalizando R$ 127.723.673,75, sendo R$ 95.393.798,75 provenientes da Betser de Roraima nos anos 2021 e 2022. O esquema visava integrar o patrimônio milionário ao Sistema Financeiro Nacional de maneira aparentemente lícita.
Em sua defesa, Matheus Possebon negou veementemente as acusações, qualificando sua prisão como “violência”. Ele alegou ser detido devido a “uma única transação financeira com uma empresa que ele não mantém qualquer relação comercial”.
O cantor Alexandre Pires também está sob investigação por ter recebido R$ 1.382.000 da mineradora. O escândalo não apenas abala o cenário musical, mas expõe as complexas redes de corrupção que permeiam diversos setores da sociedade.
A PF continua a investigar a extensão do esquema e os envolvidos.
Cm7brasil.com

 
											
 
											
