APESAR DO EFETIVO INSUFICIENTE, POLICIAIS TENTAM CONTER A ESCALADA DA VIOLÊNCIA NA “CAPITAL DOS BOIS-BUMBÁS”COM APREENSÕES DE ARMAS, MUNIÇÕES E DROGAS, ALÉM DE PRISÃO DE ESTUPRADORES, HOMICIDAS, FEMINICIDAS E NARCOTRAFICANTES DE OUTROS ESTADOS

 

Por Chico Nery jornalista

 PARINTINS (AM) – No radar das facções e comandos das drogas, do ranking de homicídios, crescimento da prostituição e da violência rural, essa cidade da beira do Rio Amazonas,a exemplo da Capital Manaus, tem tudo para entrar no ranking das mais violentas e do banditismo do interior do Amazonas.

Sede da 3ª DIP em Parintins. Os servidores precisam de equipamentos, maior efetivo, armamentos novos e melhoria no sinal de Internet

Com um rosário de crimes invejáveis atribuídos a pedófilos, feminicidas, traficantes e a quadrilhas de assaltantes, a “Capital dos Bois-Bumbás”desponta no cenário regional com uma das que mais alimentou a crônica policial da mesorregião do Rio Amazonas. 

Policiais em cumprimento de mandados de busca, apreensão e prisão de acusados de crimes por ordem da Justiça

Basta para isso, se fazer um rápido giro nos anais da 3ª Delegacia Interativa de Policia (DIP) e do 11º Batalhão de Polícia Militar (PM) (principalmente depois que a Justiça ordenou a prisão de militares) e após ambas as polícias deflagraram várias operações para conter o avanço da criminalidade na cidade.

Policiais militares dão suporte à Oficial de Justiça e à Polícia Civil durante cumprimento de mandados expedidos pela da Justiça

Nos relatos a que o “PORTALPELOAMORDEDEUS” teve acesso, logo se vê que o volume de ocorrências, seja por crimes de tráfico de drogas, seja por crimes circustanciais (considerados leves), Parintins, além do exotismo do já consagrado “Festival”, também, tem vivevnciado um quadro de violência inconcebível, a partir do comércio de drogas, casos de prostituição infanto-juvenil e crimes de natureza ainda desconhecida das autoridades locais.

Mulheres são detidas durante Operação da Polícia Federal em Óbidos (PA), após deixarem a cidade de Parintins.a

Nos últimos quatro anos, a prisão de um avô acusado de estuprar a neta, a prisão de seis policiais militares, dos“Barões da Droga” no Novo Hotel Millineuns, foragidos da Justiça, além do estouro de bocas de fumo integradas por mulheres e jovens nativos, “essas ocorrências vergonhosas depõem contra a então pacata cidade onde os bois-bumbás Caprichoso e Garantido dançavam no chão de terra batida em frente às casas cobertas de palhas”.

Erlon Rodrigues (foto PC-AM), latrocida que matou cabeleleiro em Manaus, foi preso em Parintins

Foi o que afirmou uma importante filha da “Terra Tupinabarana”radicada em Manaus sob sigilo da identidade. Segundo disse, “o ciclo da borracha, dos castanhais, da abundante pesca e do dormir com portas abertas se exauriu após a modernização da cultura cabocla”. 

Traficante perigoso preso em Parintins-Am

Na outra ponta da linha, as ocorrências com registro de crimes violentos, atentados ao cidadão, às mulheres, jovens e a crianças, além do avanço do comércio formiguinha de drogas (da maconha, cocaína a drogas sintéticas exportadas por traficantes da Europa e dos Estados Unidos ao Brasil), provam que a segurança pública vem perdendo o jogo para o banditismo, “devagar,devagarinho, ante a suposta inércia das autoridades locais”, lamenta nossa personagem anônima.

Delegada ALESSANDRA TRIGUEIRO, então titular da 3ª DIP-PARINTINS , foi quem prendeu o avô que estuprava a própria netinha

Apesar da estrutura precária da cidade, policiais comprometidos com a segurança no combate aos ilegais à frente do tráfico, quadrilhas de assaltantes, feminicidas, pedófilos e criminosos comuns, “as operações têm dado grandes baques na criminalidade que insiste em se instalar em Parintins e região”. 

“Cachimbinho e Caveirinha” foram linchados pela população do bairro Nazaré, em Parintins, depois de roubarem na comunidade

Em relatórios de inteligência a que o portal “PELOAMORDEDEUS”teve acesso, um dos informes atesta que o prefeito Frank Bi Garcia proibiu qualquer manifestação, em nota pública, sobre os ataques das células locais ligadas ao Comando Vermelho da Capital Manaus que tocaram o terror na cidade, em passado recente.  

O silêncio da autoridade responsável pela guarda e o destino dos parintinenses, “incomodou os órgãos de segurança do Estado”. A Prefeitura não fez o levantamentos dos danos causados aos patrimônios destruídos pela facção criminosa que, agora, pôs a cidade na rota de enfrentamento contra o poder público. 

– Talvez, foi um gesto de medo e pavor da nossa autoridade municipal, disse a entrevistada nessa reportagem.

A cidade de Parintins tem vivenciado nos últimos quatro anos taxas muito altas de participação na crônica policial amazonense. Do Médio e Baixo Amazonas, Parintins, já dividiria com Barreirinha e Nhamundá um suposto primeiro lugar, o de maior violência. Inclusive política.

Na lista de suposta cidades mais violentas do Rio Amazonas, viria dividindo,também, essa posição com as congêneres Barreirinha e Nhamundá. Parintins, segundo anuário extraoficial, “já teria alcançado a maior taxa de violência e alta no índice de mortes da mesoregião do Rio Amazonas”.

Apesar do número insuficiente do efetivo de policiais (militares e civis da 3ª DIP acreditados no município), a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-AM), ainda não atualizou  o quadro de servidores, mesmo após a polêmica prisão de militares por ordem da Justiça. O contigente continua reduzido, revelam opositores ao prefeito Frank Bi Garcia.

 Com o avanço do tráfico nas cidades do Rio Amazonas, especialmente, no eixo Barreirinha, Nhamundá, Parintins (AM) e nos municípios de  Juriti, Terra Santa, Óbidos e Santarém, no Pará, levou as polícias Civil, Militar e Federal a intensificarem o número de operações contra os “cartéis interestaduais”das drogas, de armas, munições e contrabando de pescado nos rios das duas divisas.

“São cidades onde a presença do tráfico é muito forte e que tem tido ascendência galopante”, comentam pessoas familiarizadas com órgãos de inteligência estadual. 

Quase toda semana, as organizações criminosas têm levado grande baques através de prisões de chefes de quadrilhas, em bocas de fumo, em ações de roubo, furto de veículos e na captura de foragidos da Justiça que são tirados de circulação, como o assassino de um cabelereiro em Manaus, no número de pedófilos e feminicidas com o cumprimento intenso de mandados de busca, apreensão de armas, munições e dinheiro, além de prisões de suspeitos de crimes na própria cidade.