Missa em homenagem a Arlindo Junior emociona familiares e fãs do ‘Pop da Selva’

“A tristeza, ela continua, mas o bálsamo vai vindo no coração da gente, vai amenizando, mas a saudade é a mesma”, disse a irmã de Arlindo Junior, Francilucia Silveira Cavalcante

(Foto: Jeiza Russo)
O cantor amazonense Arlindo Junior, o eterno “Pop da Selva”, foi homenageado na noite desta quinta-feira (29) em missa para lembrar os três anos da morte do artista. A celebração reuniu amigos, fãs e familiares do ex-levantador de toada do Boi Bumbá Caprichoso, no Santuário de Nossa Senhora de Aparecida, situado no bairro de Aparecida, Zona Sul de Manaus.
Emocionada, a irmã de Arlindo Junior, Francilucia Silveira Cavalcante destacou que suas lágrimas, naquele momento, eram de saudade do irmão e agradecimento pelo carinho do público. “A tristeza, ela continua, mas o bálsamo vai vindo no coração da gente, vai amenizando, mas a saudade é a mesma, a saudade sempre vai ser a mesma”, frisou.

(Foto: Jeiza Russo)
Com camisetas estampadas com o nome de Arlindo Junior, o fã clube do cantor também esteve presente da celebração. A coordenadora do fã clube, Rafaela Silva, disse que o artista representa muito coisa para ela. Rafaela relata que Arlindo Junior era muito atencioso com os fãs e, inclusive, dizia que a considerava como sua filha mais velha.
Arlindo Júnior demonstrando o seu amor pelo Boi Bumbá Caprichoso
“São três anos de muita saudade. A gente se acostuma com essa saudade, mas quando a gente sente saudade, vê algumas fotos, sempre dizem que quando ataca a saudade a gente abre o nosso baú das recordações, e são muitos momentos que ele se reunia com a gente e é uma saudade imensa que sentimos dele”, disse Rafaela, ao destacar ouve frequentemente as músicas de seu ídolo.
A administradora Jéssica Veloso, de 26 anos, também expressou o seu carinho pelo cantor. Ela que é “fã de carteirinha” de Arlindo Junior disse que sempre que assiste o DVD “Teatro da Vida” tem a sensação de que ele ainda está vivo. “Aí você vai olhar as fotos, as notícias, aí que você se depara com a realidade que ele não está mais. Mas naquele DVD, quando eu vejo parece que a ficha ainda não caiu”, relatou a fã.
As fãs confessaram que até o Festival Folclórico de Parintins, para elas, não é mais o mesmo sem a voz de Arlindo Junior levantando as toadas. “Eu não sinto mais aquela alegria de antes. Pra mim, o festival era Arlindo Junior. Acho que o meu amor pelo Caprichoso foi por conta dele. E eu não sinto mais aquela alegria, tanto que eu não vou mais tanto aos eventos, só quando tem homenagem pra ele”, disse a coordenadora do fã clube.
Para Francilucia, irmã do cantor, é emocionante ver o carinho dos fãs mesmo após a morte dele. “Emociona o tanto que o fã clube ainda dedica esse amor todo a ele. Três anos e é sempre a mesma coisa, sempre estamos aqui juntas. Foi um legado que ele deixou. Eu só agradeço essa dedicação que os fãs têm com ele, o amor sempre muito próximo a ele”, disse.
Após lutar contra um câncer de pleura que foi descoberto em 2016, Arlindo Junior faleceu na noite do dia 29 de dezembro de 2019, aos 51 anos, em Manaus. O artista deixou um grande legado na cultura amazonense, com sua voz inconfundível que arrebatou os corações dos apaixonados pelo Festival Folclórico de Parintins.
Arlindo iniciou a carreira como levantador de toada na década de 80, quando se tornou o levantador de toada do boi bumbá Caprichoso. Até hoje as clássicas toadas cantadas pelo artista embalam as festas dos bumbás, no Amazonas.
A homenagem póstuma ao cantor Arlindo Júnior iniciou às 18h desta quinta e durou cerca de 1h. A missa foi celebrada com orações e louvores para recordar os três anos da partida do eterno “Pop da Selva”