Tite enfrenta críticas por escolhas, falta de gols e futebol burocrático da seleção na Copa

 

Brasil chega às oitavas de final na condição de favorito diante da Coreia do Sul, mas lida com pressão

Ricardo Magatti

Tite, técnico da Seleção Brasileira, em entrevista coletiva na Copa do Mundo do Catar
Tite, técnico da Seleção Brasileira, em entrevista coletiva na Copa do Mundo do Catar

Foto: Reuters/Pedro Nunes

ENVIADO ESPECIAL A DOHA – O sentimento de euforia e otimismo como consequência das duas primeiras vitórias na Copa do Mundo deu lugar a questionamentos e preocupação na Seleção Brasileira depois da derrota para Camarões no encerramento da fase de grupos. Tite passou a enfrentar suas primeiras críticas mais intensas antes de o Brasil enfrentar a Coreia do Sul nas oitavas de final.

A escolha por preservar titulares diante dos camarões, o futebol pobre tecnicamente apresentado pelos reservas, a baixa eficiência no ataque dos suplentes e a aposta em nomes questionados, como o veterano Daniel Alves e o atacante Gabriel Jesus, fizeram Tite ouvir seus primeiros questionamentos mais contundentes no Catar.

O Brasil de Tite se despediu da fase de grupos com apenas três gols marcados, o pior ataque desde a Copa de 1978, ano em que foi às redes duas vezes nas três primeiras partidas. Entre todas as 16 que avançaram às oitavas, é a que teve a menor eficiência nas conclusões. O time fechou a primeira fase como o segundo que mais finalizou. Foram 51 chutes, mas apenas três gols marcados. “Não transformamos as oportunidades em gol”, admitiu o auxiliar César Sampaio.

Os problemas táticas, técnicos não tiram Tite do sério. Ele disse, na véspera de enfrenta a Coreia do Sul, que está “em paz”, repetindo o que falara em sua primeira coletiva de imprensa no Catar. “Estou em paz em função de saber que estamos preparados para a sequência”.